Produção técnico-científica e intelectual dos servidores do Inep
URI Permanente desta comunidadehttps://hdl.handle.net/20.500.14135/631
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Item Formação docente e desempenho discente na educação básica(Dissertação, 2018-01-29) Carvalho, Maria Regina Viveiros de; Santos, Aleksandra Pereira dosSão frequentes os debates na literatura sobre os diversos fatores que impactam o processo de aprendizado e o desempenho dos estudantes, mas a relação entre a formação do docente e esse desempenho ainda tem sido pouco estudada no contexto brasileiro. Essa pesquisa busca expandir o conhecimento dentro desse escopo específico, ao analisar relações entre o perfil de formação dos professores e o desempenho dos alunos, gerando informações que podem contribuir para a compreensão dos resultados da política de formação de professores. O método aplicado foi quantitativo, utilizando análises de regressão múltipla sobre dados publicados pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Além das médias de desempenho na Prova Brasil, calculadas para as escolas, as análises utilizaram os seguintes indicadores educacionais escolares: indicador de Adequação da Formação Docente, percentual de Docentes com Curso Superior, indicador de Esforço Docente, indicador de Regularidade do Docente, indicador do Nível Socioeconômico da escola. Foram analisadas as relações entre o percentual de professores que possuem curso superior e o desempenho mensurado para as escolas com 4° séries/ 5° anos, e as relações entre o percentual de professores com formação adequada à disciplina que ministram e o desempenho das escolas com 8° séries/ 9° anos, em ambos os casos para as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, contextualizado pelos demais indicadores. Os resultados apurados nesse estudo indicaram que, nos quatro modelos analisados, a formação do professor está relacionada ao desempenho do estudante, avaliado em médias escolares, com efeitos positivos, mas de menor intensidade quando comparado ao efeito do nível socioeconômico da escola. O poder explicativo dos modelos variou entre aproximadamente 30 a 48%. Embora em menor intensidade, o efeito encontrado foi coerente com a hipótese baseada na revisão teórica, no sentido de que investimentos em políticas de formação do professor podem se constituir instrumentos de investimento na qualidade da educação.