Produção técnico-científica e intelectual dos servidores do Inep

URI Permanente desta comunidadehttps://hdl.handle.net/20.500.14135/631

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    Entre práticas e narrativas: a avaliação no cotidiano da educação infantil
    (Tese, 2019-02) Pinto, Viviane Fernandes Faria; Müller, Fernanda
    As experiências avaliativas, tanto internas quanto externas aos espaços educacionais, têm assumido um caráter central na condução das práticas pedagógicas, bem como na formulação das políticas públicas. Na Educação Infantil, a discussão sobre avaliação tem ocupado parte dos debates, pelos menos nas últimas três décadas. Contudo, mais recentemente, tem havido uma intensificação das discussões em torno dessa temática. Assim, ao mesmo tempo em que a avaliação passa a ocupar um lugar de destaque no campo das macropolíticas, parece ainda ter pouco destaque no cotidiano pedagógico. Diante do desafio de pensar a avaliação da Educação Infantil em contexto e em face da observação de lacunas em estudos dedicados a esse tema, a presente pesquisa procurou compreender o fenômeno da avaliação no cotidiano pedagógico. Como metodologia, foi desenvolvido um estudo qualitativo, inspirado na perspectiva da microssociologia de Erving Goffman, voltado para as práticas e narrativas envolvidas nos processos cotidianos de avaliação de crianças em uma instituição educacional pública do Distrito Federal. O estudo cotejou dados de diferentes fontes, quais sejam: (1) observações; (2) registros em vídeo; (3) entrevistas (4) conversas informais e (5) análise da documentação pedagógica. Como resultados, essa pesquisa sugere que a avaliação das crianças ocorre de maneira essencialmente informal, balizada por construções e representações em torno de conceitos de criança e família ideais. Essas noções são verbalizadas e expressas de diferentes formas às crianças que, desde muito cedo, procuram atuar para ressaltar características e comportamentos valorizados bem como esconder o que possa ser considerado como conduta desviante. Em outros termos, na avaliação das crianças, estão engendradas ideias de estigma, fracasso e uma dimensão moral que são reveladas nas práticas e nas narrativas das professoras e expressas nas situações pedagógicas cotidianas.
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    Determinantes do sucesso escolar: uma análise multinível a partir dos dados do Pisa 2015
    (Dissertação, 2017) Brito, Marcus Vinicius Soares de; Takasago, Milene
    A preocupação com a qualidade do sistema educacional brasileiro tem aumentado significativamente nos últimos anos, principalmente quando nos deparamos com os resultados insatisfatórios dos estudantes brasileiros, no período de 2000 a 2015, em avaliações nacionais e internacionais, como o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes da OCDE (Pisa). Considerando o impacto da educação sobre o progresso econômico de indivíduos e nações, este estudo tem como objetivo a avaliação de fatores que afetam o rendimento escolar no Brasil, principalmente aqueles diretamente impactados por políticas públicas do Governo federal, tendo sido utilizada como ferramenta de análise os modelos multinível aplicados aos dados do Pisa de 2015. Além da identificação dos determinantes, o estudo avalia o ¿efeito escola¿, que é a proporção da variação do desempenho dos alunos não explicada no modelo que é devida ao nível da escola. No modelo sem nenhuma das variáveis explicativas (modelo nulo), este efeito foi de 0,351 para o Brasil, indicando por esta amostra que 35,1% da variabilidade observada no desempenho dos estudantes no Brasil se deve à diferença entre as escolas. No modelo em que foram inseridas as características ligadas ao aluno e sua família, o ¿efeito escola¿ diminuiu para 22,1% e, adicionando duas variáveis representando o ¿efeito dos pares¿, o efeito escola estimado foi de 12,5%. No modelo final proposto, composto pelas variáveis de características do aluno e sua família, pelas de ¿efeito dos pares¿ (características relacionadas à comunidade atendida pela escola) e pelas variáveis inerentes à estrutura da escola, o efeito escola foi de 9,4%. Em relação aos determinantes do desempenho escolar, foi identificado que os fatores associados ao aluno e sua família são de extrema relevância, mas que a diferença devida a recursos oferecidos pela escola também é relevante, o que permite a adoção de políticas públicas educacionais planejadas de forma mais eficiente.
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    Comparabilidade das avaliações educacionais em papel e em computador: um estudo do pisa 2012
    (Dissertação, 2015-08-17) Pedroza, Kátia Neves; Borgatto, Adriano Ferreti
    O presente trabalho teve como objetivo comparar as avaliações educacionais em papel e em computador tendo como base as provas de Matemática do PISA 2012. Mais precisamente, analisou o efeito do modo de aplicação nos dois lados do processo: no instrumento e no avaliando, pelo estudo da dimensionalidade das provas e da comparação tanto das médias de grupos específicos, quanto do nível de dificuldade dos itens. Para as duas primeiras análises, foram utilizadas as respostas dos 1.390 alunos brasileiros que fizeram parte da amostra e que realizaram a prova de Matemática nos dois formatos. A avaliação do número de dimensões foi feita pelo método de análise fatorial de informação completa e o ajuste dos itens aos fatores revelou um conjunto predominantemente unidimensional, indicando a equivalência das provas nesse quesito. A comparação das médias considerou características individuais dos alunos e das escolas: posse de computadores, sexo, ano de ensino e localização da escola (urbana/rural; região/estado), demonstrando o impacto positivo das provas em computador no desempenho dos alunos de quase todos os grupos avaliados. A discussão do nível de dificuldade dos itens foi realizada através de uma análise quali-quantitativa, que levou em conta o posicionamento dos alunos e dos itens na escala geral de Matemática, bem como a dificuldade dos itens em papel e em computador da categoria de conteúdo Espaço e Forma classificados na mesma categoria de processo e contexto. O posicionamento dos 125 itens (84 em papel e 41 em computador) que fizeram parte do estudo indicou que, em geral, a prova em computador foi mais difícil que a prova em papel e que um número muito reduzido de itens em computador estavam adequados ao nível de proficiência da maioria dos alunos brasileiros, sugerindo uma possível superestimação das médias de proficiência nesse modo de aplicação, com impacto ainda maior nos grupos de baixo desempenho. As características distintas dos itens não permitiram obter resultados mais conclusivos quanto à comparabilidade dos dois modos de aplicação.