A importância das atividades complementares na formação do aluno da graduação

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Data

2015

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Universidade Estadual de Campinas

Resumo

Este trabalho está inserido na linha de pesquisa “Currículo, Avaliação e Docência” e propõe contribuir para a discussão de perspectivas para a formação do “profissional-cidadão” nos cursos de graduação, por meio das Atividades Complementares, como um dos mecanismos dinamizadores da flexibilização curricular. A formação universitária é tida como um processo amplo que busca o desenvolvimento integral do estudante. Tal formação é obtida por meio das atividades curriculares organizadas no projeto pedagógico e por atividades que devem ocorrer de forma autônoma e independente, com a supervisão da universidade. Evidencia-se assim uma possível quebra da rigidez curricular em um cenário de mudanças e desafios constantes para a universidade. Dessa forma, o principal objetivo deste estudo foi realizar uma reflexão a partir da descrição e análise da importância das Atividades Complementares na formação do aluno da graduação, observando-se que elas possuem duas dimensões: a legal, disciplinar e regulatória e a formativa, com olhar nas demandas sociais de formação. O caminho metodológico adotado baseou-se na pesquisa exploratória, com dois estudos de casos em instituições distintas. Valeu-se dos fundamentos da pesquisa mista: qualitativa e quantitativa. Além da pesquisa bibliográfica, utilizou-se as bases de dados do Inep (Enade/2012), a observação participante, entrevistas com professores-coordenadores e questionário aplicado a uma amostra de estudantes do curso de Direito de uma das instituições (397 alunos). A partir dos dados coletados, dos resultados categorizados e contrapostos aos referenciais explorados no texto, concluiu-se que as Atividades Complementares representam uma grande possibilidade de promoção de mudanças nos currículos dos cursos, tão amplamente discutidas, de enriquecimento pessoal e profissional nos perfis dos alunos da graduação. Entretanto, o trabalho demonstra que alguns professores e alunos ainda desconhecem tais potencialidades. O diálogo com os autores e a análise dos documentos institucionais, das políticas educacionais e da percepção de professores e estudantes sobre esse componente curricular apontam a intencionalidade dos órgãos oficiais de formar mais amplamente os estudantes, ao propor essa inovação curricular. No entanto, percebeu-se que as instituições são obrigadas a assumir tal processo integralmente e o fazem com maior ênfase na questão legal, administrativa, burocrática e regulatória, do que na questão formativa, perdendo boa parte dos possíveis benefícios do desenvolvimento de competências para além da formação profissional especializada. Mais do que certezas, buscou-se provocar reflexões que despertem as instituições formadoras para esse paradoxo. Enfim, a instituição que ensina, também pode ser aprendiz na busca da excelência.

Palavras-chave

Educação superior, Atividades de ensino-aprendizagem

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