Produção científica e intelectual
URI Permanente desta comunidadehttps://hdl.handle.net/20.500.14135/630
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Item Encontros com a EJA: construindo sentidos de aprender e ensinar inglês(Dissertação, 2020-03-31) Almeida, Débora Torquato de; Mastrella-de-Andrade, Mariana RosaEsta pesquisa se propôs a discutir os sentidos dados para a aprendizagem de língua inglesa por um grupo de estudantes do Ensino Médio da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e, paralelamente, delinear que sentidos foram construídos e ressignificados por mim como professora-pesquisadora sobre o ensino de língua inglesa durante o processo de pesquisa. A pesquisa buscou também fazer uma breve análise dos documentos que pautam a Educação de Jovens e Adultos comparando-os com os sentidos construídos pelos estudantes e por mim como professora-pesquisadora. A pesquisa é qualitativa, interpretativista (MOITA LOPES, 1994) em que os materiais empíricos gerados são organizados, interpretados e discutidos por mim, no papel de professora-pesquisadora, integrada ao processo de pesquisa e sala de aula. A ressignificação dos meus sentidos como professora partiu de um exercício de existir e pensar decolonialmente em sala de aula (MIGNOLO, 2014) e culminou na importância da construção de saberes localizados (CANAGARAJAH, 1999; MIGNOLO, 2014; KUMARAVADIVELU, 2001) e na necessidade da relação dialógica (FREIRE, 1987) no ensino. Discuti como possibilidades, no contexto da EJA, o ensino de língua inglesa na perspectiva de translinguagem (GARCÍA; WEI, 2014) e dos letramentos (BORTONI, 2012; SCHLATTER, 2009; SOARES, 2004). A discussão dos sentidos de aprender inglês dos estudantes apontou para uma busca de qualificação para o trabalho como ponto central para os estudantes trabalhadores assim como questões identitárias construídas em torno da língua inglesa ligadas a questões de poder, inclusão e exclusão social (RAJAGOPALAN, 2003; CANAGARAJAH, 1999). Os participantes demonstraram desejo de participação nas práticas culturais e sociais que envolvem a língua inglesa, assim como de pertencimento às identidades sociais que atribuem aos seus falantes (MASTRELLA-DE-ANDRADE, 2007). Quanto às legislações, traço, em uma análise inicial, pontos em que percebo aproximações e distanciamentos entre legislações da EJA de âmbito nacional e estadual e as perspectivas teóricas que adoto na pesquisa.Item Formação docente e desempenho discente na educação básica(Dissertação, 2018-01-29) Carvalho, Maria Regina Viveiros de; Santos, Aleksandra Pereira dosSão frequentes os debates na literatura sobre os diversos fatores que impactam o processo de aprendizado e o desempenho dos estudantes, mas a relação entre a formação do docente e esse desempenho ainda tem sido pouco estudada no contexto brasileiro. Essa pesquisa busca expandir o conhecimento dentro desse escopo específico, ao analisar relações entre o perfil de formação dos professores e o desempenho dos alunos, gerando informações que podem contribuir para a compreensão dos resultados da política de formação de professores. O método aplicado foi quantitativo, utilizando análises de regressão múltipla sobre dados publicados pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Além das médias de desempenho na Prova Brasil, calculadas para as escolas, as análises utilizaram os seguintes indicadores educacionais escolares: indicador de Adequação da Formação Docente, percentual de Docentes com Curso Superior, indicador de Esforço Docente, indicador de Regularidade do Docente, indicador do Nível Socioeconômico da escola. Foram analisadas as relações entre o percentual de professores que possuem curso superior e o desempenho mensurado para as escolas com 4° séries/ 5° anos, e as relações entre o percentual de professores com formação adequada à disciplina que ministram e o desempenho das escolas com 8° séries/ 9° anos, em ambos os casos para as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, contextualizado pelos demais indicadores. Os resultados apurados nesse estudo indicaram que, nos quatro modelos analisados, a formação do professor está relacionada ao desempenho do estudante, avaliado em médias escolares, com efeitos positivos, mas de menor intensidade quando comparado ao efeito do nível socioeconômico da escola. O poder explicativo dos modelos variou entre aproximadamente 30 a 48%. Embora em menor intensidade, o efeito encontrado foi coerente com a hipótese baseada na revisão teórica, no sentido de que investimentos em políticas de formação do professor podem se constituir instrumentos de investimento na qualidade da educação.Item Análise de fatores associados ao desempenho escolar de alunos do quinto ano do ensino fundamental com base na construção de indicadores(Dissertação, 2014-09-23) Machado, Denys Cristiano de Oliveira; Barbetta, Pedro AlbertoA busca pela melhoria da qualidade do ensino perpassa pela identificação dos fatores que afetam o desempenho escolar. A alocação prioritária de esforços e recursos naqueles que geram maior incremento nos resultados escolares é uma das formas de promover essa melhora com otimização dos recursos materiais e humanos. Frente a isso se identificou nos questionários de contextualização do Saeb grupos de itens que propiciaram a mensuração de fatores, os quais viabilizaram a construção de escalas de medidas para os mesmos com o emprego da teoria de resposta ao item, TRI. Finalmente estabeleceu-se correlação entre as proficiências em língua portuguesa e matemática e as escalas desenvolvidas por meio de modelos lineares hierárquicos, MLH. Foi percebido, dentre os fatores estudados, que o perfil do aluno para realização de boas práticas escolares é o que explica maior incremento nas proficiências no nível do indivíduo e sua família, mais que o nível socioeconômico, O fator aparelhamento da escola é o mais explicativo no nível da escola. Foi percebida, também, a necessidade da adequação de parte dos itens e a inserção de novos para melhoria da capacidade de mensuração dos fatores por parte dos questionários do Saeb. Figura entre as recomendações deste trabalho a construção de índices oficiais para a mensuração dos fatores associados à aprendizagem que viabilizem a comparação ente trabalhos científicos e norteiem as políticas públicas de educação, no sentido da promoção da melhoria da qualidade da aprendizagem em menor tempo e com otimização de recursos.