Brasilienses e a ideia do não-sotaque no processo de formação de identidade linguística

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Data
2002-02-26
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Universidade Estadual de Campinas
Resumo
O presente trabalho investigou atitudes linguísticas de brasilienses frente à diversidade de sotaques que estão presente sem Brasília desde sua constituição e frente ao processo de formação de um falar próprio das pessoas nascidas na capital. Estudos anteriores abordaram o processo de mudança nos padrões fonológicos dos migrantes e apontaram um incipiente processo de formação de um novo padrão para os nascidos na cidade. Partimos da ideia presente num discurso corrente na cidade de que os brasilienses teriam constituído um falar sem sotaque. Por meio de entrevistas baseadas num questionário semidirigido, os informantes, todos de classe média, moradores da parte central da cidade e de regiões periféricas, foram solicitados a se pronunciar sobre: a diversidade linguística regional no Distrito Federal; os diversos sotaques brasileiros; a percepção da mudança nos sotaques de seus pais e o falar de Brasília, tópico que constituiu o ponto principal de nossa pesquisa. A avaliação das entrevistas revelou que existe entre os entrevistados a ideia de um grupo brasiliense com um falar próprio que se define por exclusão em relação aos diversos sotaques regionais brasileiros. Esses resultados reiteram o discurso público que constrói uma identidade linguística regional baseada em valores ideológicos de uma elite que quer se destacar nacionalmente e que, por isso, precisa se definir pela diferença.
Palavras-chave
Língua Falada, Linguística Comparada, Linguística Descritiva, Linguística
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