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Navegando Teses por Assunto "Avaliação da Educação"
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Item As avaliações externas e seus efeitos sobre as políticas educacionais: uma análise comparada entre a União e os Estados de Minas Gerais e São Paulo(Tese, 2013-07) Horta Neto, João Luiz; Yannoulas, Silvia CristinaO objeto de estudo deste trabalho é a avaliação educacional, que usa os testes de desempenho cognitivo aplicado aos alunos como seu principal instrumento constituindo-se em uma das ferramentas estimulantes das políticas educacionais pós-burocráticas. Esses testes vêm sendo utilizados por uni número cada vez maior de sistemas educacionais, no Brasil e em diversos países, em nível nacional e subnacional. como uma estratégia das reformas educacionais visando o controle da qualidade da educação. Traçou-se como objetivo analisar o desenvolvimento dos testes, aplicados pela União e pelos Estados de Minas Gerais e São Paulo aos alunos do ensino fundamental entre 1990 e 2012. buscando identificar como os resultados obtidos estão sendo utilizados pelas políticas educacionais. Para o desenvolvimento do estudo foi empregado o método comparado, utilizando-se as normas legais que instituíram cada um dos testes, identificando os movimentos de alteração ocorridos com o passar dos anos e os relatórios técnicos utilizados para divulgar seus resultados. Dada a importância que os testes vêm ganhando nas ações desenvolvidas pelos governos nacional e subnacionais. e a associação de seus resultados a um indicador de qualidade educacional, investigou-se. ainda, como essa qualidade educacional estava sendo tratada pelos meios de comunicação escritos disponíveis na Internet. Para a análise dos três casos escolhidos, definiram-se como variáveis a periodicidade de aplicação dos testes, sua abrangência em função da quantidade de alunos, dos anos escolares e áreas do conhecimento testados, a forma de se apresentar os resultados e os tipos de responsabilização, de baixa ou alta consequência, perante os resultados alcançados. Para verificar os efeitos dos resultados sobre as políticas educacionais, foram escolhidas algumas ações de cada um dos três governos. A análise dos achados da pesquisa foram iluminadas a partir da discussão da educação como um direito, dos mecanismos de regulação como elementos de condução da ação política do Estado e das modificações que o conceito de avaliação educacional sofreu até os dias atuais. Concluiu-se que os testes têm sido utilizados não como um instrumento para avaliar os sistemas educacionais e auxiliar no processo de aprendizagem dos alunos, mas sim como um instrumento de regulação do trabalho realizado pela escola e por seus profissionais, e, assim, seus resultados não têm influenciado as políticas educacionais.Item Desafios epistemológicos para a implementação de avaliações institucionais na educação básica(Tese, 2018-03-27) Santos, José Roberto de Souza; Síveres, LuizDiante do crescente interesse na adoção de avaliações institucionais por redes e sistemas de ensino, como forma de instaurar práticas avaliativas formativas, interessou-nos neste estudo compreender os desafios e avanços na implementação desse tipo de avaliação em uma dessas redes: a Rede Pública de Ensino do Distrito Federal. A metodologia do estudo consistiu em pesquisa bibliográfica, análise documental, entrevistas com as gestoras da área de avaliação educacional do órgão central do sistema de ensino e estudos de caso coletivos, para os quais recorremos às observações, análise documental, entrevistas individuais e grupos focais. O corpus teórico do trabalho, com base no qual construímos uma espécie de gramática da avaliação institucional na educação básica, foi formado por Freitas (FREITAS, 2005; FREITAS et al., 2009), Sordi (2006, 2009b, 2010, 2011, 2012), Saul (1995), Leite (2005), Dias Sobrinho (1998, 2002, 2003), Nevo (1997, 1998), Cousins (COUSINS; EARL, 1992; CHOUINARD; MILLEY; COUSINS, 2014), MacBeath (MACBEATH, 2004; MACBEATH et al., 2005; SWAFFIELD; MACBEATH, 2005), Bondioli (2013, 2015) e Chapman e Sammons (2013). Para a abordagem de sua implementação em escolas e redes de ensino, recorremos a Fullan (2009) e aos estudos publicados no Brasil que abordam a implementação desse tipo de mudança educacional: Sordi (2006, 2010, 2011, 2012), Betini (2010), Dalben (2010), Ribeiro e Gusmão (2010), Silva (2010), Brandalise e Martins (2011), Mendes e Sordi (2012), Souza e Dittrich (2012), Brandalise (2015) e Mendes et al. (2015). Após análise dos dados da pesquisa, observou-se que o principal fator interveniente da implementação de processos de avaliação institucional nas escolas da Rede Pública de Ensino do Distrito Federal é a participação da comunidade, tanto como aspecto favorecedor da mudança, quanto como inibidor. A partir da perspectiva do órgão central, o desafio mais evidenciado foi o uso dos resultados das avaliações para fins de melhoria. A proposição de avaliações externas, por sua vez, com função formativa pode ser destacada como um avanço importante. Mas, uma vez que seus resultados não eram utilizados nas unidades escolares investigadas e que a relação das escolas com iniciativas de avaliação externa era de desconfiança e não pertencimento, somado ao que aponta a literatura, inferiu-se que a principal razão para este não uso seria o fato de se tratarem de avaliações não participativas. Com isso, foi possível concluir que o grande desafio da Rede Pública de Ensino do Distrito Federal com vistas à implementação de processos de avaliação institucional é a participação, tanto nas escolas, quanto na relação das escolas com o órgão externo. Frente a este cenário, apontou-se para a necessidade de modelos cooperativos de avaliação institucional, em que órgão externo e comunidade escolar cooperam na avaliação e construção da qualidade das escolas e da rede de ensino, o que implica alterar a relação das escolas com sua comunidade e do Estado com as unidades escolares, atualmente baseada na noção de um outro como objeto, para uma relação sujeito-sujeito.Item Entre práticas e narrativas: a avaliação no cotidiano da educação infantil(Tese, 2019-02) Pinto, Viviane Fernandes Faria; Müller, FernandaAs experiências avaliativas, tanto internas quanto externas aos espaços educacionais, têm assumido um caráter central na condução das práticas pedagógicas, bem como na formulação das políticas públicas. Na Educação Infantil, a discussão sobre avaliação tem ocupado parte dos debates, pelos menos nas últimas três décadas. Contudo, mais recentemente, tem havido uma intensificação das discussões em torno dessa temática. Assim, ao mesmo tempo em que a avaliação passa a ocupar um lugar de destaque no campo das macropolíticas, parece ainda ter pouco destaque no cotidiano pedagógico. Diante do desafio de pensar a avaliação da Educação Infantil em contexto e em face da observação de lacunas em estudos dedicados a esse tema, a presente pesquisa procurou compreender o fenômeno da avaliação no cotidiano pedagógico. Como metodologia, foi desenvolvido um estudo qualitativo, inspirado na perspectiva da microssociologia de Erving Goffman, voltado para as práticas e narrativas envolvidas nos processos cotidianos de avaliação de crianças em uma instituição educacional pública do Distrito Federal. O estudo cotejou dados de diferentes fontes, quais sejam: (1) observações; (2) registros em vídeo; (3) entrevistas (4) conversas informais e (5) análise da documentação pedagógica. Como resultados, essa pesquisa sugere que a avaliação das crianças ocorre de maneira essencialmente informal, balizada por construções e representações em torno de conceitos de criança e família ideais. Essas noções são verbalizadas e expressas de diferentes formas às crianças que, desde muito cedo, procuram atuar para ressaltar características e comportamentos valorizados bem como esconder o que possa ser considerado como conduta desviante. Em outros termos, na avaliação das crianças, estão engendradas ideias de estigma, fracasso e uma dimensão moral que são reveladas nas práticas e nas narrativas das professoras e expressas nas situações pedagógicas cotidianas.