Produção científica e intelectual

URI Permanente desta comunidadehttps://hdl.handle.net/20.500.14135/630

Gestão do Conhecimento gerado pela produção intelectual técnico-científica dos servidores do Inep.

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    Um Enem mais curto, preciso e seguro: desenvolvimento de uma aplicação em formato de Testagem Adaptativa Computadorizada
    (Tese, 2023) Rego, Alexandre Marques Jaloto; Primi, Ricardo
    O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é composto por uma redação e quatro provas de 45 itens de múltipla escolha: Ciências Humanas e suas Tecnologias (CH); Ciências da Natureza e suas Tecnologias (CN); Linguagens, Códigos e suas Tecnologias (LC); e Matemática e suas Tecnologias (MT). O exame é utilizado como processo de seleção para ingresso em cursos de ensino superior. Esse uso impõe desafios para o exame no seu formato, como: produzir notas precisas para uma população diversa, minimizar o efeito da posição do item sobre o desempenho e construir testes equivalentes. É possível avançar nesses desafios ao aplicar o Enem em formato de Testagem Adaptativa Computadorizada (em inglês Computerized Adaptive Testing, CAT). Portanto, o objetivo deste trabalho foi desenvolver uma CAT do Enem mais eficiente, precisa e segura do que o seu formato atual. Dividimos a tese em dois Artigos e dois Produtos. O Artigo 1 comparou distribuições amostrais na calibração de itens no modelo logístico de três parâmetros da Teoria de Resposta ao Item. Utilizamos informações das quatro provas do Enem 2020 para simular as respostas de 5.040 participantes sorteados a partir de três tipos de desenho amostral: aleatório, retangular e deslocado. Não houve diferença significativa entre os desenhos para o parâmetro de discriminação. A amostra deslocada recuperou os parâmetros de dificuldade em CH melhor do que a retangular e em CN, melhor do que a aleatória. As amostras deslocada e aleatória recuperaram os parâmetros de pseudochute melhor do que a retangular nas quatro provas. Os resultados não apontam para a prevalência de um tipo de amostra para calibrar os itens do Enem 2020. O Produto 1 consistiu em um pacote estatístico para simulação de CAT em ambiente R. O Artigo 2 avaliou o método de controle de exposição progressivo restrito (PR) com diferentes parâmetros de aceleração em uma CAT em termos de eficiência, precisão e segurança. Manipulamos o método de seleção de itens (Aleatório, Máxima Informação de Fisher – MIF – e PR com dois parâmetros de aceleração) e o critério de parada (Tamanho fixo de 20 e 45 itens, Erro padrão de 0,30 e Redução do erro de 0,015 com erro padrão de 0,30) e simulamos a aplicação de 16 condições de CAT para cada prova. Por último, simulamos a aplicação do Enem 2020 em formato linear e comparamos com a CAT de tamanho fixo de 20 itens. O tamanho da prova foi maior com MIF. Nas CATs de tamanho fixo e com critério de parada do erro padrão, MIF e PR (com ambos os parâmetros de aceleração) tiveram resultados parecidos para a precisão. Com o critério de redução do erro, o PR performou pior. A segurança aumentou conforme o parâmetro de aceleração aumentou. A versão adaptativa do Enem teve precisão maior do que a versão linear. O Produto 2 da tese foi a publicação de um aplicativo da CAT Enem com o algoritmo determinado no Artigo 2. Concluímos que é possível reduzir o tamanho do Enem e melhorar sua precisão e segurança com uma CAT.
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    Sentidos e significados do índice geral de cursos na regulação da qualidade da educação superior
    (Dissertação, 2013) Hora, Paola Matos da; Sousa, José Vieira de
    A dissertação trata de um tema permeado por contradições: a regulação da educação superior brasileira realizada pelos índices. As contradições se concretizam pelo fato dos índices terem sido incorporados por meio de portarias à política de avaliação vigente. Dentre os índices que compõem o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) está o Índice Geral de Cursos (IGC), objeto deste estudo, que se propõe a medir a qualidade das instituições de educação superior e também é um mecanismo da regulação realizada pelo Estado. O IGC é uma média ponderada de conceitos de cursos da graduação e pós-graduação stricto sensu. Diante deste contexto, a pesquisa teve como objetivo geral investigar como o Índice Geral de Cursos induziu a qualidade no curso de licenciatura em Letras de quatro instituições de educação superior do Distrito Federal, nos ciclos avaliativos de 2008 e 2011. O estudo foi do tipo exploratória, adotou uma abordagem quali-quantitativa e utilizou entrevistas semiestruturadas e análise documental como procedimentos e instrumentos para a coleta de dados. As instituições pesquisadas foram selecionadas tendo em vista os critérios de organização acadêmica, natureza administrativa e localização geográfica. De cada uma das instituições foram escolhidos como sujeitos da pesquisa o gestor, o presidente da Comissão Própria de Avaliação (CPA) e o coordenador do curso de licenciatura em Letras. Para a análise dos dados utilizaram-se categorias de conteúdo – a avaliação como política pública, a qualidade na educação superior e a regulação – e metodológicas – mediação e contradição –, que auxiliaram a imprimir um olhar dialético ao trabalho, com o intuito de atender aos objetivos específicos da pesquisa: analisar o conceito Enade como um dos instrumentos de composição dos índices obtidos pelas Instituições de Educação Superior (IES) selecionadas; investigar a concepção de qualidade orientadora da gestão acadêmica dos estabelecimentos pesquisados, a partir de suas políticas institucionais; examinar as estratégias adotadas pelas instituições selecionadas quanto ao uso dos resultados do seu IGC como forma de investimento na qualidade, tomando como referência os cursos pesquisados; e examinar a relação entre o IGC e a regulação realizada no curso de licenciatura em Letras das IES investigadas. Os resultados da pesquisa demonstraram que o IGC não está necessariamente atrelado à indução de qualidade nas IES, mas evidencia-se como forma de controle e ajuste das instituições à política de avaliação. A microrregulação ocorre de maneira distinta nas IES, revelando a preocupação destas em atenderem às demandas da política de avaliação. Todavia, a reorientação das condutas nem sempre está vinculada ao investimento em qualidade. No que se refere à política de avaliação, as instituições reconhecem a importância do IGC, porém o índice ainda apresenta muitas falhas e não consegue analisar a complexidade e a heterogeneidade das instituições que ofertam educação superior ressaltando poucas informações qualitativas dessas e escassos subsídios para possíveis intervenções locais.
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    O PROUNI como política de inclusão social : uma avaliação por meio do ENADE
    (Dissertação, 2014) Gaudio, Ana Paula de Siqueira; Cunha, Celio da
    A pesquisa versa sobre a avaliação do Programa Universidade para Todos (ProUni) como política de inclusão social, em sua dimensão educacional. Utiliza as notas de desempenho acadêmico do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) como instrumento, para demonstrar o nível de formação atingida pelos estudantes considerados de baixa renda pelo programa. Trata-se de uma pesquisa de cunho quantitativo e qualitativo que, a partir dos microdados do Enade, divulgados pelo governo federal no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), busca distinguir os estudantes bolsistas do ProUni e os demais estudantes, denominados de não bolsistas. Para a análise dos dados foram selecionados apenas os estudantes que participaram do exame na condição de concluintes da graduação, no segundo ciclo avaliativo do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). Utilizou-se o programa SPSS 22.0 para a manipulação e a análise dos microdados do Enade. Os resultados da prova aplicada nas edições do Enade 2007, 2008 e 2009, aliados ao Questionário do Estudante apresentam o desempenho acadêmico médio dos estudantes beneficiários do ProUni, permitindo a comparação deles com o desempenho dos não bolsistas. O Enade, um exame de larga escala, facilita a compreensão do impacto do ProUni em termos nacionais. A pesquisa utilizou o Exame como fonte de dados para explorar os reflexos da política sobre os estudantes de baixa renda, nas diversas áreas de abrangência. Possibilitou a comparação do desempenho acadêmico da graduação entre o grupo de bolsistas do ProUni e aqueles não contemplados por essa política de inclusão social. Seus resultados revelam características dos dois grupos, verificadas a partir do desempenho médio na prova e da declaração de situação socioeconômica, demonstrando que o ProUni está inserindo na educação superior estudantes que chegam ao final do curso de graduação em condições semelhantes às dos não bolsistas.